sexta-feira, 29 de maio de 2015

Rita Batista critica falta de negros na TV e elogia Galisteu: “Mulher e tanto”

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Uma das revelações do extinto “Muito Mais“, da Band, apresentado por Adriane Galisteu, Rita Batista lembra com carinho do programa que a projetou nacionalmente, mas frisa: “Era um projeto de verão, com uma proposta de ficar três meses no ar. Ficamos dez e foi maravilhoso“.

Em entrevista ao RD1, a jornalista recorda também sua passagem por “A Liga”, na emissora paulista, e nega sentir-se desprestigiada na profissão por trabalhar atualmente numa rádio local de Salvador.

A vida é feita de mudanças e mudar é preciso. Foi maravilhosa a minha ida para São Paulo, mas voltar para a minha terra é melhor ainda“, diz, sem esconder os planos para sua carreira.

Televisão é o meu foco. A experiência em São Paulo me deu esse gás. Propor coisas novas para a TV, que por motivos não fazem. Estamos todos acostumados em emissora propor os formatos, quero fazer o contrário. Isso diminui custos“, fala.

Além disso, a baiana “retada” critica a falta de espaço para jornalistas negros na TV.

Confira a entrevista na íntegra:

RD1 - Como surgiu o convite para integrar o time do “Muito Mais”? 

Rita Batista – Eu era contratada da Band Bahia, já tinha um reconhecimento nacional através do Band Folia, então todos lá dentro me conheciam. Recebi o convite para entrar no elenco da rede e achei uma ótima oportunidade. O programa era um projeto de verão, com uma proposta de ficar três meses no ar. Ficamos dez e foi maravilhoso.

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RD1 - Qual era a imagem que você tinha de Adriane Galisteu e a que ficou após conhecê-la? Ainda mantém contato com alguém da equipe?

Rita Batista - Não a conhecia. E foi uma surpresa! Ela é fo**! Uma mulher e tanto. Aprendi muito com ela, sobre a vida, sobre as pessoas, esse Universo. Rodrigo e Gomez são mais chegados! Lysandro, como bom carioca, some e aparece, e Galisteu é celebrity, mas de vez em quando nos falamos.

RD1 - Você sempre deixou claro que primeiro faria o que podia, para depois fazer o que queria. Estar em “A Liga” era o que desejava? Como avalia essa experiência?

Rita Batista - Costumo dizer que eu danço conforme a música! E foi assim, não sou mulher de perder oportunidades. “A Liga” é um programa que tinha mais características com o que eu sempre fiz, um formato investigativo, de opinião, mais a cara do jornalismo.

RD1 - Você se sente desprestigiada por ter saído da rede nacional de TV para retornar à rádio Metrópole FM, em Salvador, que a revelou?

Rita Batista - Que é isso, criatura? Lógico que não! A vida é feita de mudanças e mudar é preciso. Foi maravilhosa a minha ida para São Paulo, mas voltar para a minha terra é melhor ainda. A Metrópole foi onde tudo começou, onde sempre tive apoio. Estava em Salvador e fui convidada para fazer campanha política. Em seguida, Mário Kertesz me chamou para entrar no time da rádio e de imediato aceitei.

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RD1 - Ainda tem planos de voltar para a televisão?

Rita Batista - Televisão é o meu foco. A experiência em São Paulo me deu esse gás. Propor coisas novas para a TV, que por ‘n’ motivos não fazem. Estamos todos acostumados em emissora propor os formatos, quero fazer o contrário. Isso diminui custos, modelos arcaicos de contratação, apresenta novas linguagens e faz a máquina girar. As produtoras estão aí, as emissoras também, há espaço, há mercado e eu tenho alguns projetos no caderninho.

RD1 - Você acha que ainda faltam jornalistas negros na televisão brasileira? 

Rita Batista - Com toda certeza. Muita coisa mudou, mas  faltam negros em todos os lugares de destaque, em todas as posições de poder e não é por falta de negros/negras, nem qualidade técnica, nem competência. Foram 388 anos de escravidão dos 515 de Brasil… Faça as contas!

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