O Clube da Criança estreou em 14 de junho de 1983, sob o comando da até então modelo Xuxa Meneghel na extinta Rede Manchete. Nessa fase o programa apresentava brincadeiras, sorteios, atrações musicais, entrevistas com artistas e desenhos animados.
A espontaneidade de Xuxa chamou atenção de diretores da Globo e em 1986, a apresentadora foi contratada pela emissora onde estrelou o Xou da Xuxa. Com a saída de Xuxa, o programa saiu do ar e foi substituído por uma outra atração infantil, apresentada pela atriz Lucinha Lins.
Ainda em 1986, o nome Clube da Criança voltou a ser utilizado como uma sessão de desenhos da Manchete.
O Clube ganhou uma nova apresentadora em 1988, tratava-se de Angélica, que já havia comandado o programa Nave da Fantasia na Manchete.
Com Angélica o programa tornou-se um sucesso estrondoso de audiência e repercussão. Os assistentes de palco se chamavam clubetes e mais tarde angeliquetes.
O sucesso de Angélica na Manchete despertou o interesse das emissoras maiores e seguidamente surgiam rumores de que a apresentadora estava negociando com a Globo ou o SBT. Em 1993, a mudança foi concretizada: Angélica não renovou seu contrato com a Manchete e assinou com o SBT, onde apresentou inicialmente o Casa da Angélica, com um formato muito similar.
Em maio de 1993, Milla Christie assume a apresentação do programa, substituindo Angélica. A nova fase tinha temática circense e trazia Milla recém-saída da Globo, onde interpretou Ully em Deus nos Acuda, estreando como apresentadora.
A nova apresentadora não agradou. A audiência do programa despencou e parte disso estava relacionado ao sucesso do Casa da Angélica, exibido no mesmo horário no SBT. Parecia que o público tinha migrado de emissora juntamente com Angélica.
Milla, que tinha contrato de um ano com a emissora, permaneceu no comando do programa até julho de 1994. A emissora optou por não renovar com a apresentadora, devido aos maus resultados comerciais e de audiência. Meses depois, Milla voltou para Globo e seguiu a carreira de atriz.
Numa tentativa de reerguer o programa, a direção da Manchete contratou a ex-miss Patrícia Nogueira, que adotou o nome artístico Pat Beijo, para assumir o programa. Com Pat o programa voltou a ter um formato similar a época de Angélica. A emissora também reforçou o lote de desenhos e séries exibidas no programa para bater de frente com Angélica, mas tudo foi em vão.
Pat conseguiu números de audiência mais satisfatórios e tinha mais reconhecimento do público do que Milla, mas mesmo assim, a Manchete não conseguiu reviver a fase de ouro de Angélica. O programa saiu do ar em maio de 1995, devido aos altos custos de sua produção. No seu lugar, foram exibidas maratonas do desenho "Os Cavaleiros do Zodíaco" que era a maior audiência do programa. Pat não conseguiu dar sequência a carreira de apresentadora.
Em 1997, o programa voltou ao ar com uma nova linguagem. Nessa fase, a direção da emissora optou por uma criança apresentar a atração e a escolhida foi Debby Lagranha. O programa tinha formato bem didático e não repercutiu em audiência e comercialmente. Em agosto de 1998, com a crise da emissora já em seu ápice, a apresentadora e toda equipe do programa foram demitidos, o que acarretou em seu drástico fim. Debby, meses depois, assinou contrato com a Globo onde participou de programas ao lado de Xuxa e Didi.
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